Eu sonhei e desejei
Agora calmo e dormente sei
Que miseravelmente falhei
Menina dos meus olhos
Flores de pedra
Rainha celeste
Durma seu sonho de jardim
Na estação das cores
Onde lhe entreguei pedras no lugar de flores
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Sono pinga gota noite a dentro
Teus olhos governam
Teus olhos por trás do vidro
Nada enxergam
Nem o brilho da joia
Nem a carta de amor
Tão verdadeiro como seu cabelo amarelo
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Algo belo e raro
Todas as coisas que habitam a pele da noite
Que se alimentam do frio escuro
Que crescem na umidade
Que tem uma cor pálida
Que dão frio no estômago e assustam
De manhã se escondem por entre as flores
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Resumo da ópera desse amor inalcançável;
O Tempo o digeriu.
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
domingo, 3 de agosto de 2014
Alheio à nós
O hiato da noite solta e bela
De inverno vestido de primavera
Como poderia eu adivinhar e respirar
As coisas do tempo que faz sentir como ontem estivesse em meus pés?
E na penumbra da lua que sobe céu noite a dentro
Preciso sentir algo no peito que não seja vazio
Preciso embotar a parede vazia da minha cabeça com algum tom frio
Sem demora antes que o tédio ferruge minhas engrenagens
Diante desses pequenos olhos de pássaro senti-me grande
Mas somos de tempos diferentes e você precisa ir pra casa
Quando voltar na estação desta cidade cinza
Irei lembrar de você vestida como uma primavera
E do ruído insensível dos carros enquanto o sinal abria
Tudo isso faz-me querer ficar um pouco mais
Mas o tempo que me rege é forasteiro
Eu estava contente e isso que importa agora
O mais importante
é como essa memória ira envelhecer e ser esquecida
Nos últimos dias desse mesmo céu azul de ontem
No mesmo céu de fim de mundo pagão
Noite a dentro de olhos abertos no escuro
Um cego de dentro que tateia o lençol
Meu desespero calmo e silencioso
Velou um sorriso no teu peito
Floresceu alguma prece no firmamento
Te dar a mão quando não tiver mais opção
Quando chegar a hora de ser mais um estranho conhecido
E faço isso muito bem
O último grão de tempo acabou antes de cair o pano
E guardo nesses dias como nas gavetas de cima
A impressão que o tempo parou na nossa noite
Para atravessarmos a cidade na madrugada
De inverno vestido de primavera
Como poderia eu adivinhar e respirar
As coisas do tempo que faz sentir como ontem estivesse em meus pés?
E na penumbra da lua que sobe céu noite a dentro
Preciso sentir algo no peito que não seja vazio
Preciso embotar a parede vazia da minha cabeça com algum tom frio
Sem demora antes que o tédio ferruge minhas engrenagens
Diante desses pequenos olhos de pássaro senti-me grande
Mas somos de tempos diferentes e você precisa ir pra casa
Quando voltar na estação desta cidade cinza
Irei lembrar de você vestida como uma primavera
E do ruído insensível dos carros enquanto o sinal abria
Tudo isso faz-me querer ficar um pouco mais
Mas o tempo que me rege é forasteiro
Eu estava contente e isso que importa agora
O mais importante
é como essa memória ira envelhecer e ser esquecida
Nos últimos dias desse mesmo céu azul de ontem
No mesmo céu de fim de mundo pagão
Noite a dentro de olhos abertos no escuro
Um cego de dentro que tateia o lençol
Meu desespero calmo e silencioso
Velou um sorriso no teu peito
Floresceu alguma prece no firmamento
Te dar a mão quando não tiver mais opção
Quando chegar a hora de ser mais um estranho conhecido
E faço isso muito bem
O último grão de tempo acabou antes de cair o pano
E guardo nesses dias como nas gavetas de cima
A impressão que o tempo parou na nossa noite
Para atravessarmos a cidade na madrugada
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