terça-feira, 6 de outubro de 2009

Opáco

Olá discreta alegria incerta
Que encontrei neste dia
Dou-lhe boas-vindas sutís
Por ser tão rara sua vinda
Caminhei algumas horas para encontrar
Um simples banco de praça
Com sombra, árvores e sabías
Olho praquelas estátuas de cobre
São as mesmas de uma infância tão longe
Com um nobre olhar para nenhum lugar
Eu já estive aqui antes
O tempo demorava tanto para passar.
Estátuas parecem a única coisa real neste lugar
Ausência constante de um ser que existe em partes
NÃO SÃO CRIANÇAS, SÃO ESTÁTUAS
Se fossem crianças , estariam velhas e tristes
Talvez existam mais que eu
O tempo passou e aqui de novo estou
Imaginando se haverá outra vez.
Um dia não estarei mais aqui
E nem em nenhum lugar
taResram apenas a História, os versos e as estátuas
Com um olhar nobre para nenhum lugar
Eu tinha até a sensação de ser o ultimo dia
Como o dia passou mudando a lua de luar
Me esqueci do sórdido detalhe
Eu jazí no leito de uma manhã comum
Ancorando meus ossos em baixo da terra
Como uma estátua do que fui
Sem intenção de ninguém alegrar

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