quarta-feira, 31 de março de 2010

O Quebrador De Sonhos



Saudações aos que já partiram desta vida e sabem
Da verdade óbvia dos profetas e filósofos
que te tão óbvia se esconde entre as paredes dos dias
durante a vida inteira
Estas palavras são vazias
Más não tão vazias quanto que procuramos
Rodeamos tontamente por linhas tortas no tempo
E não inventamos nada mais que métodos
Adeus a pureza e a descoberta
A grande novidade é o princípio da incerteza
Muitas pessoas fazem agora coisas iguais
Sempre com o mesmo resultado
Realmente este deve ser o fim profetizado
O ser dentro do Homem
Evoluiu para a sua regressão
Estou vendo macacos metódicos usando
O grito de guerra de outros macacos
Deixamos a calma do lar para procurar exílio
Trocamos a beira do mar pela beira do precipício
Inventamos tendências suicidas de vícios
Uma insana máquina de óbitos e de desperdícios
Em nome de Deus são erguidos dedos pecadores para o céu
Para perdoar e para matar
Dizer que o mundo é ilícito
Esse estágio mental é o Inferno profetizado
As cidades são desertos constantes
Com suas miragens de oásis Inabitáveis
Inventamos o Caos para dissimular a calma
Inventamos religiões para perder a Alma
Esquecemos a cada dia quem somos nós...
...Afastamos-nos de nós mesmo
Metódicas máquinas obsoletas da moda
Com preços baratos,
Artificial , vulgar detestada
Com seus amores vendidos e sua mente acorrentada

Tão Real Quanto Acordar de Um Òbito

Um dia eu acordei
E você estava impossivelmente linda
Nunca mais me esquecerei
Estranha e lindamente fria
Como em um sonho que eu sempre esperei
O tempo passou e envelheci
Parece até que já vim com todos esses defeitos
Que não me prepararam para estar com você aqui
È a minha desculpa para fazer tudo errado desse jeito
Seja o que tens de ser
Eu tentarei viver
E até sobreviver
A espera de uma novidade agradável amanhã
Que brotem novos sonhos como maçãs
Por que é mais difícil se arrepender do que esquecer?
Pode me dizer qualquer coisa
Eu ignoro toda existência possível
Apenas para ouvi-la calado
Fingimos ser fortes,
Fingimos ser sábios
De tanto fingir perdemos nossos rostos
E deixamos o coração calejados
Branca-de-neve suja de cinzas
Sendo feliz como pode, não como quer,
Nos pesadelos da bela adormecida
A parede suja de seus pensamentos escrito:
"Amar é uma dádiva dolorosa da vida, que não escolhemos ter"

Enquanto Não Chove Vou Colorir o Aquário & Fazer Dele Uma Caixa de Sapatos

Pureza
Hoje eu acordei com uma certeza
De que jamais veria seus olhos
Dando formas vazias ao amor
Queria ser o suficiente até voltar a si
Vendo o mundo como quem veio de longe
Abraça-me com se fosse sem tempo
Ainda temos tempo para nos consertar
Olhando bem no fundo dos seus olhos
Vejo-me perdido;
Absorvendo desde as luzes
Ao ar que respira e a faz viver
Ainda não estamos sem tempo
Mesmo morrendo a cada hora
Desejo-lhe toda vida que me resta
Há mais Céu sobre sua cabeça
Do que talvez pareça

segunda-feira, 29 de março de 2010

dava um poema bonito:

sua boca
___ oca
da vontade de encher
antes com minha lingua
depois com minha porra

domingo, 28 de março de 2010

A Nuvem


"Calmo e respirando, sorrir é fácil, eu faria se pudesse"

Formou-se em meu espaço único
Uma nuvem densa sobre o azul do Céu.
Passos milimétricamente desequilibrados
Guiam-me sobre um presente que se dissolve

O passado é menos amargo na infância
Porque minha infância
Tinha medo do que era irreal.

E essa realidade de hoje
Mata tão lentamente cruel;
A morte me impede de ver
O quanto as coisas podem ser infinitas

Por isso aqui escrevo
O consolo diante uma grande incógnita
Do sentido entre as pedras e os Seres
Uma Grande Descoberta aguarda a todos;

O mesmo vazio após o fim da guerra;
A compreensão do valor da Criação
Ou apenas o ultimo suspiro

Estendo minhas mão em direcção ao horizonte
Sei que aquela linha jamais será cruzada

sábado, 20 de março de 2010

Dê-me Todo o Seu Pesar





Mesmo que meus sonhos pareçam
Uma ilha distante em seu horizonte
Dê-me todo o seu pesar
Para fazer meu manto
Quando o inverno chegar



Eu tenho um lugar pára todos seus espinhos
Tirarei de suas mãos
Todo o veneno até estar curada



Eu me sinto culpado por saber
Que você me conhece á mais tempo
Dê-me todo o seu pesar
Você se importou comigo primeiro

segunda-feira, 15 de março de 2010

quarta-feira, 10 de março de 2010

Sonolência


Sonolência quase óbito
Simples é fugir quando tem medo
Durante o dia cair por terra
Cinzas inimigas entopem minhas engrenagens
Durante a noite
Conspirar contra a ordem natural das coisas


Sou simples e óbvio
Me dê sua vida por inteiro
Para eu desatar os seus nós


Se você jurar eu juro que acredito
Se você mentir
Eu juro que sempre soube


A vida nos tolera estupidecer
E com um tempo nos revela algum dom
As vezes tarde
Más raramente nunca
Deixa-nos empoeirar o coração


Olhos tristes podem ser apenas silencio
Ou podem ser alguém que por demais faz falta
O ódio que consome seres em vingança
Perdendo para sempre o único bem eterno
A alma