sexta-feira, 12 de julho de 2013

Pássaro Ártico

Na noite fria quase polar
Deixei minhas asas nas suas mãos
Para voltar a pé para o inferno
Que é este silêncio do quarto
Este silêncio forçado
Queria assoprar minhas preces na madrugada
Embotar sua parede de papel com minhas palavras
para tirar os espinhos das suas mãos
E desatar os nós da sua garganta
Uns dias mais que outros
Preciso deste seus olhos azuis
Para desdobrar o mundo que achei quando vi você

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