sexta-feira, 19 de julho de 2013

Talude

Lançou ao mar para se afogar
Ali no meio da cortina d'água
Que batia um coração sem direção
Então abriu a boca para entrar o Oceano no peito
E logo suas veias ficaram salgadas
E sua barriga fria se fez de corais
E então foi de um lado ao outro
E se quebrou em espumas
Nas paredes do castelo de areia que era seu orgulho de rei
Que o lançara ao léo como âncora sem navio
Para descansar no talude fino e branco
Areia pura de amor e saudade

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