Deflora minha boca
Com sua flor
Flor que se transforma em arvore
Copa imensa no céu da boca
Xilemas e floemas
Raízes pretas e longas
Entre meus olhos e debaixo do nariz
Cheiro vivo da natureza.
E quando por fim o mundo se acabar
E todas as águas saírem da terra e do céu,
Me molhando e me assustando
Com seus mil cheiros e sabores
E de medo eu lamber os beiços
E engolir o que sobra em minha boca,
Terei de volta meu pequeno Narciso,
A pequena florzinha que era seu caralho
Antes d'eu lamber
Pra cheirar e esfregar as faces na virilha
E com as bolas no lábio inferior e com a pica no superior
Dormir um pouquinho.
terça-feira, 21 de maio de 2013
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